oh gaivota
Oh gaivota
estas voando tão distante,
perante as montanhas alheias
deixando-se levar por o passar do vento perturbante
escondendo-se dentre a noite escura, atrás do lua cheia...
Oh gaivota
onde está teu grito estridente,
tão distante que já não posso mais ouvir
tua face convincente
de que qualquer ato posso fugir...
Oh gaivota
aproxima-se de mim como for preciso
não me deixe nesse vazio
viver sem teu som, não consigo
apavora-me o frio...
Oh gaivota
tão singela, deixa-me desvendar teus segredos
não foges por este medo,
confirmo a ti meus desesperos
na continuidade dos vãos de cada medo...
Oh gaivota
não deixais teus traços perdidos
encontra-se logo ao campo de lírios
e deixais para trás o simples florido
e voltas rápido ao velho sigilo...