Solidao
Um frio orvalho adentra de rompante
A minha janela
Tomando conta de todo o meu corpo
Quando minha alma te procura e não te vê
Que a imaginação silenciosa de tua voz
Se transforma no mais puro e duro pranto
E se pergunta onde estará você
Será que estará no íntimo do meu ser?
Neste momento a escuridão é mais
Clara que o própio medo de amar
De súbito um inquietante suspiro enche os meus pulmões
Vazios e visíveis a todos
Em todos quarterões
Em uma busca incessante
Que vaga em todos os cantos de uma lida
Em pleno momento onde a ressonância da busca
Faz parte destes seres.
E o tempo pende mais tempo para se acostumar a esta situação
Se resigna e constata
Serão noites e mais noites
Manhas unidas a manhas
As penas a companhia desta
Incompreensível solidão
Que não dar tempo nem vai embora
Já que não quer deixar pegadas em nenhuma areia.
Abro a janela para deixar mais uma vez o orvalho frio entrar
Acalmar e aquecer meu coração