Solidao

Um frio orvalho adentra de rompante

A minha janela

Tomando conta de todo o meu corpo

Quando minha alma te procura e não te vê

Que a imaginação silenciosa de tua voz

Se transforma no mais puro e duro pranto

E se pergunta onde estará você

Será que estará no íntimo do meu ser?

Neste momento a escuridão é mais

Clara que o própio medo de amar

De súbito um inquietante suspiro enche os meus pulmões

Vazios e visíveis a todos

Em todos quarterões

Em uma busca incessante

Que vaga em todos os cantos de uma lida

Em pleno momento onde a ressonância da busca

Faz parte destes seres.

E o tempo pende mais tempo para se acostumar a esta situação

Se resigna e constata

Serão noites e mais noites

Manhas unidas a manhas

As penas a companhia desta

Incompreensível solidão

Que não dar tempo nem vai embora

Já que não quer deixar pegadas em nenhuma areia.

Abro a janela para deixar mais uma vez o orvalho frio entrar

Acalmar e aquecer meu coração

Gelassenheit
Enviado por Gelassenheit em 10/10/2011
Código do texto: T3268506
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