Ano Novo

Acordes demoníacos

Poesias bandidas

Pinturas nas paredes

Das modernas cavernas

Poeira no espaço-tempo

Rasgando o tecido do tempo

E tudo aquilo que vai e que não vai

Ao vento

Todas as tecnologias

Que morrem no seu nascimento

Buracos negros

Cheios de ilusão

Viajando no tempo

Para um espaço sem espaço

E um tempo sem tempo

É só o que resta

Mas é renascimento

Batismo no fogo

E no frio do universo

Largo, que não alcanço

Abro os braços

Mas ainda não posso voar

Não sou o que sou

Mas sou.