Sou negro
Sou negro!
Não importa do que me chamem:
Mulato, negro ou criolo
Nas minhas veias corre o sangue.
Sangue de gente forte,
Sangue de gente sofrida,
Sangue que sempre escorre
De uma cicatriz escondida.
Vou jogar minha capoeira,
Tocando meu berimbau.
Assim não esqueço da minha terra,
Mas esqueço dos homens maus.
Aqueles que me trouxeram à Bahia
Essa terra que agora eu vejo.
Mas de uma coisa não posso esquecer:
Sou negro!