SOU ANONIMO

Sou anonimo e nao aceito homonimo.

segui os passo de quem foi a fuzilamento

lancei nas trevas o pior dos inimigos.

nao viram meu rosto nem por um momento.

nem o quanto ele esteve entre chagas.

anonimo, Nao sabem de onde vem o tormento.

Abri o cofre para entrar tesouros em moedas.

Fechei antes que atravez de um so lamento.

viessem pelas lamurias pedir as migalhas.

pois sou avesso a qualquer sofrimento.

o poder nao pode sentir a mesma emocao.

daqueles que se entregam a dor e sofrimento.

Ao frades e a freira que fique a claurura.

ja a carga pesada que fique ao jumento.

aos pobres a pobreza que acompanho anonimo.

passo ao largo daqueles que estao ao relento.

vejo a todos da penumbra, nao movo uma palha.

a mim nao cabe lhes dar sequer um alento.

Assim me fez o mundo que cruel conheci.

e cresci primórdio um menino agourento.

que fez da palha velha um catre incomodo

e transformou o sabugo do milho em alimento.

E faz troças eternas com a necessidade alheia.

Por viver um menino também pirracento.

Pacomolina
Enviado por Pacomolina em 07/10/2011
Reeditado em 07/10/2011
Código do texto: T3263552
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