SOU ANONIMO
Sou anonimo e nao aceito homonimo.
segui os passo de quem foi a fuzilamento
lancei nas trevas o pior dos inimigos.
nao viram meu rosto nem por um momento.
nem o quanto ele esteve entre chagas.
anonimo, Nao sabem de onde vem o tormento.
Abri o cofre para entrar tesouros em moedas.
Fechei antes que atravez de um so lamento.
viessem pelas lamurias pedir as migalhas.
pois sou avesso a qualquer sofrimento.
o poder nao pode sentir a mesma emocao.
daqueles que se entregam a dor e sofrimento.
Ao frades e a freira que fique a claurura.
ja a carga pesada que fique ao jumento.
aos pobres a pobreza que acompanho anonimo.
passo ao largo daqueles que estao ao relento.
vejo a todos da penumbra, nao movo uma palha.
a mim nao cabe lhes dar sequer um alento.
Assim me fez o mundo que cruel conheci.
e cresci primórdio um menino agourento.
que fez da palha velha um catre incomodo
e transformou o sabugo do milho em alimento.
E faz troças eternas com a necessidade alheia.
Por viver um menino também pirracento.