vida da minha vida

mulher querida

vida da minha vida

amada

razão de tanto

de quase tudo

de tudo

que não era nada

és tão tamanha

tão enorme

que quando meu peito inteiro

cansado dorme

que quando meu peito inteiro

abandonado sonha

só encontra a ti

vagando ali

por perto

em volta de mim

nossos caminhos

se entrelaçam comuns

fatalmernte

nossas bocas caladas

se encontram entre si

docemente

talvez sejam

as conjunções obscuras

que se espalham pelo universo

talvez seja

algum poder maior

um deus

o calor de um outro sol

que te fazem caber simplesmente

dentro dos meus versos

tristes e comoventes

dos meus poemas ateus

espalhados pelo lençol

tua ausencia me custa tanto

infinitos desertos

solidões profundas

prantos e prantos

noites infindaveis

que os meus pobres pensamentos

por mais audazes

por mais ageis

que sejam

não te superam

e de acostumados

pacientemente

te desejam

e ainda te esperam

jose luis lacerda
Enviado por jose luis lacerda em 07/10/2011
Reeditado em 26/10/2011
Código do texto: T3262701