Dou-te...
Teu sangue cintilante tinge nas folhas pálidas versos insones,
Teu olhar de carne fresca serena uma canção imberbe,
Tua flor me devora os olhos,
Teu silêncio me destroça o seio,
Tua voz me dissipa a razão...
Não aprecie minha sombra,
Sussurro de raposa fogosa,
Impetuosas unhas de seda,
Língua impura e dopante.
Há corpos em teu corpo,
Lábios em teu lábio.
Tua era selvagem e virgem,
Da beleza da dor imortal – ao licor salivado de ti,
Hoje é fim...
Dilapidarei suas pétalas de fogo,
Entre abismos quebrarei teus olhos,
E no cristal de seu coração,
Inserirei uma faca escura com sementes de morte,
Presentear-te-ei com um rosa e em tua fonte plantarei um eterno espinho, seperteando a orla de jardim Amor...