Dou-te...

Teu sangue cintilante tinge nas folhas pálidas versos insones,

Teu olhar de carne fresca serena uma canção imberbe,

Tua flor me devora os olhos,

Teu silêncio me destroça o seio,

Tua voz me dissipa a razão...

Não aprecie minha sombra,

Sussurro de raposa fogosa,

Impetuosas unhas de seda,

Língua impura e dopante.

Há corpos em teu corpo,

Lábios em teu lábio.

Tua era selvagem e virgem,

Da beleza da dor imortal – ao licor salivado de ti,

Hoje é fim...

Dilapidarei suas pétalas de fogo,

Entre abismos quebrarei teus olhos,

E no cristal de seu coração,

Inserirei uma faca escura com sementes de morte,

Presentear-te-ei com um rosa e em tua fonte plantarei um eterno espinho, seperteando a orla de jardim Amor...

Diego Martins
Enviado por Diego Martins em 06/10/2011
Código do texto: T3261968
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