Antes da Espada

Antes da espada, haviam as almas,

Mas então elas se partiram

E finalmente nomeamos os finais...

Conheci a morte do amor,

Em cada golpe sob o corpo subjugado,

Nos toques, sem sentido, a ausência de tato,

Na crepitancia vazia da deformidade,

Tanto do caráter quanto do corpo,

A cada golpe se tornando menos completo,

E cada vez mais estilhaçado...

Olhos esquecidos ainda continuavam a perseguir,

Naquele olhar sem vida... Não sabiam mais amar,

Se é que um dia soube, mas essa regra se aplicava a dois...

Dois que não eram mais dois, se tornara apenas uma,

Uma montanha de farrapos e pedaços de tudo o que estava ali,

Entre os flagelos e os flagelados.

Já não tinha mais o mesmo suspiro encantador...

Foi bebido o resto do amor,

Então aquilo era apenas ironia,

Envolvido por um sarcasmo,

Era a morte do amor...

A inocência só se perde uma vez,

O bastante para nunca mais sentir novamente...

Era o flagelo vazio...

Independente de chama...

Já não era incêndio...

Tão pouco fogo,

Pois era frio como um cadáver.

Zero Steele
Enviado por Zero Steele em 06/10/2011
Código do texto: T3261301
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