Antes da Espada
Antes da espada, haviam as almas,
Mas então elas se partiram
E finalmente nomeamos os finais...
Conheci a morte do amor,
Em cada golpe sob o corpo subjugado,
Nos toques, sem sentido, a ausência de tato,
Na crepitancia vazia da deformidade,
Tanto do caráter quanto do corpo,
A cada golpe se tornando menos completo,
E cada vez mais estilhaçado...
Olhos esquecidos ainda continuavam a perseguir,
Naquele olhar sem vida... Não sabiam mais amar,
Se é que um dia soube, mas essa regra se aplicava a dois...
Dois que não eram mais dois, se tornara apenas uma,
Uma montanha de farrapos e pedaços de tudo o que estava ali,
Entre os flagelos e os flagelados.
Já não tinha mais o mesmo suspiro encantador...
Foi bebido o resto do amor,
Então aquilo era apenas ironia,
Envolvido por um sarcasmo,
Era a morte do amor...
A inocência só se perde uma vez,
O bastante para nunca mais sentir novamente...
Era o flagelo vazio...
Independente de chama...
Já não era incêndio...
Tão pouco fogo,
Pois era frio como um cadáver.