PODER UNIVERSAL

Por mais privilegiado seja um cérebro,
Por melhor vejam os olhos,
Por mais sensibilidade tenha o tato,...
Essa aparelhagem do corpo carnal
Não é capaz de adentrar o “Sobrenatural”.

Esses receptores dos comandos do Espírito,
São de tão curto alcance que se um mínimo lance
Fora da raia do natural por uma alma teve alcance,
Logo se conclui: só pode ser do mal, se for Espírito!
Resta a indagação, por que Espírito do Bem Não?

Se se considerar que a Justiça plena deva imperar,
Melhor então, ponderar, o Grande e Único Criador
Trata toda sua criação dando-lhe em tudo igual condição?

Mais ainda, essa Força Universal é única absoluta
Ou há outra igual numa descomunal luta
Entre potestades pelo poder Universal?

Se assim for, estamos todos em perigo
A mercê do Mal que o Bem pode vencer
Subjugando-nos ao crivo do mal – com seu poder fatal!

Desde então, o que era o Bem passa a ser Mal,
Pois, iniciará acirrada luta para retomar seu trono!

E, como o Bem será oposição contra o Mal
Vencedor legítimo numa luta entre iguais,
Provado fica que o Bem estará em erro – contra a Lei
Do Senhor do Mal que será o Bem, pois será a Lei!

Esse poema nasceu como um questionamento a uma explanação que assisti sobre as forças do Bem e do Mal, nas quais, esta, representada por Lúcifer disputava a alma das pessoas contra as forças do Bem (Deus). Indaguei na ocasião ao orador se havia possibilidade de o mal vencer o Bem em alguns casos, no que ele me afirmou categoricamente que sim, que isso realmente acontece. Também disse que o Mal e somente Ele pode se manifestar através das pessoas e das coisas e dos animais.
Manoel de Almeida
Enviado por Manoel de Almeida em 06/10/2011
Código do texto: T3261200
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