A Arma

Possuo uma arma na mão

Procuro manter o controle

Procuro manter-me no chão

Ainda com ela na mão.

A flecha impura e perversa

Da dor assombrosa e sombria

Que fere meu peito depressa

Sinistra, maldosa, tão fria.

A arma que fere na mão do algoz

Possui o poder por ser sempre veloz

Destrói calmamente a felicidade

Espalha no mundo o ar da maldade.

A flor que possui a fragrância da vida

Soltou neste mundo o ar puro da sorte

Abriu-se ao intenso radiante dia

O cheiro horroroso da sombra da morte.

A arma que hoje possuo na mão

Em um dia claro de sol consegui

Brilhante, tão linda, jogada no chão.

Levou aos meus olhos a má solidão.

23/07/2007