VITIMADOS!

Afastaram-me de você!

Só não suprimiram de mim a sensibilidade,

A vontade de sentir tua felicidade.

Onde estou a tranqüilidade

Arrepia e faz estremecer.

Aqui o povo fala, grita e sofre!

É duro contemplar tanta necessidade

Nas massas que denominam de humanidade.

Sem guarida, sem proteção...que estão à mercê!

Que caminham passos inseguros sem o ter

E mesmo sem o saber.

Mas somos todos vítimas do sistema escorchante,

Que faz carícias na força do látego cor de sangue,

Em dorsos plenos de vontades... mas carentes!

E contemplamos, no silêncio covarde,

Ditadores rasgarem a pele da nossa gente!

Mas, toda consciência, não é forte o bastante,

Para conter as lágrimas ardentes que cai De cada face!

Claudio Dortas
Enviado por Claudio Dortas em 05/10/2011
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