VITIMADOS!
Afastaram-me de você!
Só não suprimiram de mim a sensibilidade,
A vontade de sentir tua felicidade.
Onde estou a tranqüilidade
Arrepia e faz estremecer.
Aqui o povo fala, grita e sofre!
É duro contemplar tanta necessidade
Nas massas que denominam de humanidade.
Sem guarida, sem proteção...que estão à mercê!
Que caminham passos inseguros sem o ter
E mesmo sem o saber.
Mas somos todos vítimas do sistema escorchante,
Que faz carícias na força do látego cor de sangue,
Em dorsos plenos de vontades... mas carentes!
E contemplamos, no silêncio covarde,
Ditadores rasgarem a pele da nossa gente!
Mas, toda consciência, não é forte o bastante,
Para conter as lágrimas ardentes que cai De cada face!