No claustro silencioso subsistimos,
Entre novos e velhos conceitos.
Sob o olhar febril de um monstro ávido,
Somos presas num abate contínuo.
A sociedade em seus sub mundos nos devora,
E nos faz cativo de uma rede de aparências.
No cárcere da ilusão definhamos,
Entre o livre arbítrio e o amor de Deus.
Somos condenados ao exílio interior,
Numa fé flutuante sem fronteiras.
Guerreamos contra nós mesmos,
E nos lançamos em prisões invisíveis.
As emoções tornam-se imagens,
Recriando dimensões do ser humano.
Nos violentamos pela desistência de um sonho,
E pela incerteza da capacidade que possuímos.
Quando duvidamos da felicidade,
Transgredimos uma lei universal.
Pela falta de amor aprisionamos,
E somos presos quando o amor nos falta.