Rio Menino...
As cascatas banham as rochas.
Como nuvens esbranquiçadas,
molha a selva e a mata.
As quedas d’água cristalina,
numa dança ondulada, em ondas azuladas,
abrem fendas, norteando o caminho.
As noites enluaradas, nas margens,
sombras viram personagens,
jogando rosas perfumadas...
Deitada num banco de areia
é uma miragem divinal, o canto da sereia.
Enfeitiça os homens com seu olhar.
Vestida com um manto azul, sedutora é a Deusa Iemanjá...
O folclore nasce...
As lendas se espraiam
Causos contados pelos caboclos são fantasias.
Faz do Rio Menino pura magia...
Os afluentes filhos da hidrografia.
Navegam em águas sonolentas e cumprem a profecia.
Deságuam num delta, onde mora a alma de um poeta.
E faz poesia...
Os rios são como pessoas: eles nascem, atravessam a juventude, maturidade e velhice...