VINHO

Vinho tinto

Reflexo de sangue

Odor de zinco

Na inércia do trinco.

Vinho seco

Nó na garganta

Não era ouro de tolo

E sim raros diamantes.

Vinho suave

Era cisne

E não corvo

Aquela estranha ave

Em lépida arribação

Eis o motivo da desolação.

Vinho branco

Discernimento manco

Sentidos vencidos

E agora cá perdido

Sem nada do tudo que tanto preciso

Com tudo do nada disso que nem preciso tanto

Sem essa sensação de estar vivo

Sem céu, sem chão, sem grão, sem relativo

Zaymond Zarondy
Enviado por Zaymond Zarondy em 04/10/2011
Código do texto: T3258268
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