Prefiro a morte
Prefiro a morte a esse corte profundo,
que me faz sangrar sozinho pelo mundo,
entregando-me a cuidados nada verdadeiros,
que deixam em pedaços os meus inteiros
e acentuam essa dor que não quer passar.
Prefiro a morte a essa sorte profana,
que me leva para os braços de quem mais me engana
e destrói no breu da noite o que parecia sincero;
e derrama sobre mim a solidão que não tolero
neste inferno que parece nunca mais acabar.