DISFARCE

Nem menos nem mais
Em minhas lembranças ficaram os teus restos mortais
O teu olhar?
Este é lápide fria que quase nada anuncia
Nenhuma tênue claridade
Apenas revela tua cruel falsidade
Desejar-te mal seria até covardia
Não satisfaria em nada meu ego
Seria o mesmo que furar os olhos de um cego
Onde mora a tua alegria?
Em tantas estradas que fizeste andança?
Ou na mesquinhez da tua vingança?
És o próprio demônio vestido de cordeiro
Mostra-se com um falso jeito terno
Disfarçando em céu o que é seu próprio inferno.
Teresa Improta Monnier
Enviado por Teresa Improta Monnier em 04/10/2011
Código do texto: T3257656
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