Do Pouco Que Sei

 

Nasci sem manual

Sem bateria recarregável

Sem botão reset...

 

Por erro ou descuido

Vim alimentado por desejos e sonhos

E buscas intermináveis.

 

Causo dores, lágrimas

Desconfortos, ilusões

E poucas alegrias.

 

Não me contenho

Não me controlo, não me conheço

E não é proposital.

 

Ser, estar perdido... dói!

E quem poderia orientar-me

Foi-se em dezembro de 1995.

 

Seus conselhos, se vem

Meu ouvidos falhos ignoram

Pela inabilidade de ouvir os mortos.

 

Sobrou, como último recurso

A bússola do Capitão Jack Sparrow...

Mas, tal a minha a sensibilidade, é lenda afável.

 

E ainda assim

Me pedes para ser teu

Só teu?

 

Como posso ser de alguém

Sem saber o que sou

Sem saber o perigo que causo?

 

Se não me dou

Se não me entrego... É por amor!

Disso eu sei.

Flávio Omena
Enviado por Flávio Omena em 03/10/2011
Reeditado em 03/10/2011
Código do texto: T3255894
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