Do Pouco Que Sei
Nasci sem manual
Sem bateria recarregável
Sem botão reset...
Por erro ou descuido
Vim alimentado por desejos e sonhos
E buscas intermináveis.
Causo dores, lágrimas
Desconfortos, ilusões
E poucas alegrias.
Não me contenho
Não me controlo, não me conheço
E não é proposital.
Ser, estar perdido... dói!
E quem poderia orientar-me
Foi-se em dezembro de 1995.
Seus conselhos, se vem
Meu ouvidos falhos ignoram
Pela inabilidade de ouvir os mortos.
Sobrou, como último recurso
A bússola do Capitão Jack Sparrow...
Mas, tal a minha a sensibilidade, é lenda afável.
E ainda assim
Me pedes para ser teu
Só teu?
Como posso ser de alguém
Sem saber o que sou
Sem saber o perigo que causo?
Se não me dou
Se não me entrego... É por amor!
Disso eu sei.