Ser poeta
Não sei
Sei que escrevo de ti
Dos teus toques
E remotos beijos
Falo de um verão
De uma única canção
De um único
Ano
No qual
Abriu-se a porta
Aos desenganos
E comecei a te amar
Se isso é poesia
Não sei
Não esta cheio de Petrarquismo
nem tão pouco alexandrinos
Esta cheio de um sentimento
Que descrevo
Par poder olvidar
É pleno de ti
A única coisa que sei
É que a poesia
Fala de si
Por si
E te invadirá
O coração
Como um liquido
Renovador
Será uma enchente de águas cristalinas
Relembraras de ti
Menina
Se é poético
Não importa agora
O que importa é que te faz viajar
Como se estivera baixo
a química alucinógenas do meu amor
Levando-te ao encontro do teu próprio ser
E teria a sensação que deverias
Cair nos meus braços
Aproveitando o mais vago espaço
Sem saber que está reservado para ti
Só para ti
Neste momento te ataria com um cego nó
Faria do teu corpo
A tabula rasa
Escreveria
Uma poesia sem fim
Já que o verdadeiro poeta
Faz de cada momento
Uma poesia
Sem sentido
E sem ética
Cheia de ensinamentos
E moral
Com palavras não preparadas
Surgidas do seu labirinto
Como a mola propulsora
a fortalecer este sentimento
virando sementes
do seu próprio jardim
como as rosas
As margaridas
As violetas
Que falaram do teu
Seco
Perfumes do dia
Ressurgindo como uma sentença
Sem fim
Sem razão
Não obstante cheio de lirismo