Ser poeta

Não sei

Sei que escrevo de ti

Dos teus toques

E remotos beijos

Falo de um verão

De uma única canção

De um único

Ano

No qual

Abriu-se a porta

Aos desenganos

E comecei a te amar

Se isso é poesia

Não sei

Não esta cheio de Petrarquismo

nem tão pouco alexandrinos

Esta cheio de um sentimento

Que descrevo

Par poder olvidar

É pleno de ti

A única coisa que sei

É que a poesia

Fala de si

Por si

E te invadirá

O coração

Como um liquido

Renovador

Será uma enchente de águas cristalinas

Relembraras de ti

Menina

Se é poético

Não importa agora

O que importa é que te faz viajar

Como se estivera baixo

a química alucinógenas do meu amor

Levando-te ao encontro do teu próprio ser

E teria a sensação que deverias

Cair nos meus braços

Aproveitando o mais vago espaço

Sem saber que está reservado para ti

Só para ti

Neste momento te ataria com um cego nó

Faria do teu corpo

A tabula rasa

Escreveria

Uma poesia sem fim

Já que o verdadeiro poeta

Faz de cada momento

Uma poesia

Sem sentido

E sem ética

Cheia de ensinamentos

E moral

Com palavras não preparadas

Surgidas do seu labirinto

Como a mola propulsora

a fortalecer este sentimento

virando sementes

do seu próprio jardim

como as rosas

As margaridas

As violetas

Que falaram do teu

Seco

Perfumes do dia

Ressurgindo como uma sentença

Sem fim

Sem razão

Não obstante cheio de lirismo

Gelassenheit
Enviado por Gelassenheit em 03/10/2011
Código do texto: T3254532
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