Memoria póstumas?

A água desliza lentamente sobre o meu corpo

Purificando meus poros

Más não a dor dentro de mim

Até chegar aos meus pés

Minuto diminuto

Que me faz constatar

Não sou Brás para ter memorias póstumas

Nem Bentinho para amar uma Capitú

Sem ser amado

Nem tão pouco sou Pessoa

para escrever poemas

Em um escuro porão

os guardando num baú

Por uma eternidade

Memorias presentes

composta com todo ardor, amor

E reflexão

Para falar sobre amores não vans

E de sentimentos existencialistas

Criticas de uma sociedade usurpadora

De vidas ainda por começar.

Pensamento que podem cambiar

Intercambiar

Experiências e rumos de uma vida

Deixando por todo caminho

Impressões não digitais de épocas

Que sim são póstumas

Por que não regressam mais.

Não sou Bras seguirei o caminho

De um Amado conterrâneo

Que postumamente

Me incentivou

A poetizar

Os meus sonhos

E a vigilia sem

Nenhum minuto

Um cachimbo fumar.

Gelassenheit
Enviado por Gelassenheit em 03/10/2011
Código do texto: T3254525
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