Memoria póstumas?
A água desliza lentamente sobre o meu corpo
Purificando meus poros
Más não a dor dentro de mim
Até chegar aos meus pés
Minuto diminuto
Que me faz constatar
Não sou Brás para ter memorias póstumas
Nem Bentinho para amar uma Capitú
Sem ser amado
Nem tão pouco sou Pessoa
para escrever poemas
Em um escuro porão
os guardando num baú
Por uma eternidade
Memorias presentes
composta com todo ardor, amor
E reflexão
Para falar sobre amores não vans
E de sentimentos existencialistas
Criticas de uma sociedade usurpadora
De vidas ainda por começar.
Pensamento que podem cambiar
Intercambiar
Experiências e rumos de uma vida
Deixando por todo caminho
Impressões não digitais de épocas
Que sim são póstumas
Por que não regressam mais.
Não sou Bras seguirei o caminho
De um Amado conterrâneo
Que postumamente
Me incentivou
A poetizar
Os meus sonhos
E a vigilia sem
Nenhum minuto
Um cachimbo fumar.