AS CIGARRAS
As cigarras chegaram em grande algazarra,
Anunciando com alegria o despertar da primavera
Junto ao fim do ano que aproxima. È uma farra
Dentro das tardes onde o calor sempre esmera.
Como é suave ouvi-las... traz-nos aquela lembrança
Tão distante época em que as cigarras chegavam aos montões,
Pousavam nos troncos das árvores e começavam a berrança;
Era para nossos ouvidos (antigos) eternas canções.
São ariscas, foGem ao bater de asas. As cigarras
Nos recordam tempo idos guardados no coração.
Vejo-as como insetos agradáveis que deixa as amarras
Do tempo, segurando levemente o passado em exibição.
DIONÉA FRAGOSO