Redenção
Caem, sobre a relva, as flores mortas
Triste sorte pra quem ao mundo se fez bela
Amanhã esquecidas estariam se não fosse
Seu perfume inesquecível, tão terno quanto doce
Que seriam das flores se delas não restasse,
Após a vida efêmera e cruel morte
O perfume que no tempo, eterno se faz sentir
Que exclui a beleza do seu novo existir?
Que beleza haverá de ao tempo resistir?
Que beleza haverá de eterna se fazer?
Da beleza, a morte é sublimação
O perfume, que eterno, da flor é redenção.