INTROSPECÇÕES CONFORTANDO A ALMA

Conforta-me o pensar, pois ao pensar logo teimo em existir!
Dado que as fragilidades do meu ser, no pensar eu disfarço-as.
E disfarçar é preciso, pois sou tal qual o orvalho findo.
Fragilmente evaporo com os raios de sol do teu olhar!
E teu olhar me conforta!
 
Conforta-me o silencio, pois ao silenciar logo teimo em pensar!
E pensar é preciso, pois os ditames que traçaram para nossas vidas,
não trouxeram nem a minha, nem a tua,
receita própria da tão sonhada felicidade!
E ser feliz me conforta!
 
Conforta-me a razão, pois com razão me sinto eterno!
E a razão dos tolos silenciosamente me faz pensar,
que nada sou eu, nada mais que o instante presente,
e a cada instante eu mudo, transformo-me e evoluo.
E evoluir me conforta!
 
Conforta-me o amor, pois este sim é o dono da razão!
Trazendo consigo todas as introspecções que a filosofia me apresentou.
Ele faz-me sempre um tolo em meus silêncios, e conduz o meu pensar.
E quando evoluo e acho que dominei o amor,
licitamente ele decreta que eu amo você.
E te amar eu preciso, pois te amar me conforta!