Manhãs e noites
Amo as noitinhas
Nela aparece a minha fada
Madrinha
Me regala uma caneta
Com a tinta
Bem preta
Para que possa escrever
Como tenho passado o tempo
Lutando por meus direitos
As manhãs adoram deitar na grama de palavras
Como aos deuses de uma Creta
Que me inspira a filosofar.
Neste momento o meu alimento é a palavra
Acalma o meu alento.
Falo de flores
De desamores
De conceito e preconceito
A primeira vista irreparáveis
Sobre tudo o direito
Ao respeito
O trabalho
E a realização
Pelas manhas
Pego o meu banco inglês
E digo tudo que estou
Pensando
Em uma praça poética
Em mim interiorizada
Cheia de muito ser
Que se diz humano
E que houve todos os dias
Algum desengano