A DOR NO CASCO.
A dor do casco reclama
pede abrigo, roga por paz
faz e desfaz sem cerimônia.
A dor do casco escorre, acolha,
faz o sebo virar seda,
faz do gozo jorrar pus.
A dor do caso grita, despista,
faz o rio esquecer seu rumo,
faz o peito torcer seu prumo,
faz o que não devia prevalecer.
A dor do casco esqueleta, esfacela,
faz o filho cuspir na mãe,
faz o pecado virar asa de santo,
faz o tempo morrer de frio, de medo.
A dor do caso rasga a alma,
faz o que não devia virar rei,
faz o que não se atrevia renascer
faz o que devia não morrer.
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