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QUEDA

Sem asas para voar
estou presa ao chão de barro,
como sem pneu o carro
não vai a nenhum lugar.

Triste sina, triste vida,
caminho desiludida
pela estrada em desalento,
nem sinto o sopro do vento
que insiste em me empurrar.

Sei que dizem - vai, coragem,
olha em volta a paisagem
solta, livre, o pensamento.

Bem que tento, bem que tento.
Mas tropeço, vou ao chão...
Ninguém me estende a mão.