Elegia 03.01.2010

Vivo sem alegria esperando reencontrar-te neste mundo eunuco

Onde os desejos se fazem prisioneiros de um passado não vivido

Vivo neste mundo por ter acreditado que era eterno

Como as ondas de um pequeno mar a morrer

Abro minha janela. Sinto ao mesmo tempo calor e frio

Nunca pensei que tu encherias

A minha vida de saudosas alegrias.

Ensinando-me a renunciar quando necessário.

Desde aquele dia em que por conflitos existenciais te procurei

Me ensinaste a mais forma singela do perdão

Disseste

É necessário perdoar.

Não sabes?

Respondi : não sei o que sei. Simplesmente amo as noites de luar

Pelo poder tranqüilizante que a engloba

E crês que vou dormir

Dispensando o meu morrer.

Amo o dormir eterno

Quando durmo o meu corpo sai da minha alma

Então, vai ao seu encontro para poetizar a nossa amizade

Eternizar.

Desperto tem que escrever de imediato

Sem drama, nem novela nem teatro.

Este possível reviver. Me faz acreditar na existência

De uma grande máquina tic-tac.-tic-tac-tic-tac

Que te vai reconstruir.

Sei que agora esta descalço

Túnicas brancas

Estolas lilás.

Abro o livro das noites

Para refletir

E sentir que devo viver

Te reúnes entre aqueles que não respiram mais

Os doutrina, Falas sobre tempos passados

Futuros jamais preenchidos

E de pessoas amadas abandonadas

Que não voltam mais

Saudade é pouco

Para descrever

O sufoco da tua ausência

Recordas quando me falastes

Nos semeamos aquilo que plantamos inconscientemente

Meu coração aflito urge desabafar

Espero que do outro lado do aquém me ouça

E guardar para outro dia

Outra época

A felicidade cativa. Por que a tua ausência

É o que mais me dói

Gelassenheit
Enviado por Gelassenheit em 30/09/2011
Código do texto: T3249250
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