Dualidade
E, amar, ficou mais perto.
Mais doce sem perder o apimentado
Mais suave sem esquecer o avassalador
Mais tranqüilo sem deixar de sacudir.
Amar, se tornou mais lúcido
Mesmo com as loucuras que significam amar.
Amar, se misturou ao real
Deleitado no sonho
Se percebe urgente com algo de compassado.
E, amar, veio manso
Mas soprando brisas mais fortes
Veio calado e trovejou no íntimo.
E, amar, desceu devagar
Mas pulando de dois em dois os degraus
E firme no passo.
Então, amar, se tornou amor.