Dualidade

E, amar, ficou mais perto.

Mais doce sem perder o apimentado

Mais suave sem esquecer o avassalador

Mais tranqüilo sem deixar de sacudir.

Amar, se tornou mais lúcido

Mesmo com as loucuras que significam amar.

Amar, se misturou ao real

Deleitado no sonho

Se percebe urgente com algo de compassado.

E, amar, veio manso

Mas soprando brisas mais fortes

Veio calado e trovejou no íntimo.

E, amar, desceu devagar

Mas pulando de dois em dois os degraus

E firme no passo.

Então, amar, se tornou amor.

Marisa Lima
Enviado por Marisa Lima em 29/09/2011
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