Velho Índio
Vi num sonho aquele índio
Logo adiante em minha trilha
Com semblante contorcido
Preparando sua armadilha
Curioso, fui chegando
Observando os movimentos
Executados com destreza
Com rapidez e certa leveza
Com um sinal pediu silêncio
Aquele gesto eu compreendi
Com outro gesto me pediu
Pra me aconchegar ali
Obedeci sem pestanejo
Para aprender de sua arte
Conhecimento é o meu desejo
Nos pensamentos baluarte
Ali eu vi grande equilíbrio
Daquele Ser com a natureza
Homem humilde e exímio
Que desconhece a avareza
Nobre tal qual escrita rara
Que se perdeu em nossa era
Com o homem branco se equipara
E com amor cuida da terra