POBRES CRIANÇAS POBRES

POBRES CRIANÇAS POBRES

Há sonhos perambulando nas praias de Fortaleza!

Brinquedos perdendo a cor...

Jogos de movimentos sedentos de dor!

Contatos imediatos com purulentas feridas

Sobreviventes infantes, de infames vidas

Há descobertas disformes de monstros indescritíveis!

Há cheiros de podridão... inesquecíveis!

Neste mundo virulento recheado de ambições

troca-se carne fresca por um punhado de pães!

Não há razão para escrúpulos

Nenhum resquício de amor

Vedados são os sentidos para qualquer dor alheia

O inferno das víimas é o paraíso dos que querem "bolso cheio"

Que importam a tristeza a solidão o vazio?

O que importam as sequelas dos vícios, a escravidão?

A quem assombram as sombras na escuridão?

Ninguém liga tanta miséria!

Deixa as crianças na baia!

- Olha a prata do luar...vê como é linda a praia!

dacosta
Enviado por dacosta em 29/09/2011
Reeditado em 30/09/2011
Código do texto: T3247013
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