Semente do mal

Pensamento que gera dor

Na cabeça dum verme eclético

Que exala um forte odor

Leviano, bastardo, esquelético

Atravessa o vazio da alma

Como o corte sangrento da faca

Como um lobo que morre a acalma

Com o perfurar da estaca

Vampirismo escondido do mundo

Negra arte, natureza fosca

Um perdido do mal oriundo

Duma mente fedida e tosca

Mais que tudo bandido enjaulado

Num exílio total e cruel

Tem o cérebro todo esmagado

Prum jantar obscuro no céu

Mas do céu que vos falo amigo

Divindades não passam nem perto

Pois o bafo que sai do inimigo

Faz do mar o mais quente deserto

Tudo isso por um pensamento

Que destrói a cabeça do bem

Que recicla o tal sofrimento

Ao plantar a maldade em alguém.

Axeramus 05/08/2010