Foi deste silêncio que tirei
uma palavra, um sorriso,
qualquer palavra...
os versos de outro poema
desta poesia que se cala.
Foi deste desespero que tirei
os pés da estrada
e os olhos do caminho.
E de qualquer lavra meus sonhos,
todos os meus sonhos,
pobres e inúteis.
Depois gritei um milhão de sussurros
e todos os rios de dentro de mim
correram para aqueles além-muros,
indo morrer num mar de esquecimento,
num céu que separa este momento
de qualquer outro momento.
E os pensamentos revoltos
com os ventos de mais além
destruindo todas as praias do silêncio,
de onde tirei essa quase força,
toda e qualquer palavra,
um e outro sorriso
e tantas de minhas lágrimas...
Marcos Lizardo
Enviado por Marcos Lizardo em 27/09/2011
Reeditado em 19/05/2021
Código do texto: T3244881
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