Amantes em Noites Eternas...
Venenosa ilusão dançando em mim
penetrando meus corais virgens
exalando um incenso de desejo
tocando apenas o que se pode sentir.
Com o hálito dos restos de um Deus
meus lábios das sombras de um mortal morrem.
Mais e mais me afundo em seu mar de vidros afiados...
A escuridão do corpo a orla da alvorada e o tempo que o destroça como uma folha ao longe... é o mesmo...
Minto em meu leito
ludibrio o lençol...
De ruínas e lacrimares o respirar grita pétalas de choro...
Entoando: Sobreviver! Acabar-se! Dissipar-se!
Quantas noites são eternas?
Em quantas noites de Amantes aflitos o Tempo parou apenas para rir da face de seus Amores?
De versos e taças
do antigo ritual...
É que sangra estas mãos que escrevem...