Amantes em Noites Eternas...

Venenosa ilusão dançando em mim

penetrando meus corais virgens

exalando um incenso de desejo

tocando apenas o que se pode sentir.

Com o hálito dos restos de um Deus

meus lábios das sombras de um mortal morrem.

Mais e mais me afundo em seu mar de vidros afiados...

A escuridão do corpo a orla da alvorada e o tempo que o destroça como uma folha ao longe... é o mesmo...

Minto em meu leito

ludibrio o lençol...

De ruínas e lacrimares o respirar grita pétalas de choro...

Entoando: Sobreviver! Acabar-se! Dissipar-se!

Quantas noites são eternas?

Em quantas noites de Amantes aflitos o Tempo parou apenas para rir da face de seus Amores?

De versos e taças

do antigo ritual...

É que sangra estas mãos que escrevem...

Diego Martins
Enviado por Diego Martins em 27/09/2011
Reeditado em 27/09/2011
Código do texto: T3244814
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