de música e de poesia9
Vozes estridentes e pânico velado:
a metrópole pobre é um pântano "amolhado"
(acinzentado, acimentado, assaz...)
Quem se percebe na boca da máquina
enquanto espera o ônibus sob a chuva sêca?
Os dentes do sistema,
apontados como lasca,
afiados como faca,
trincados como estaca,
mastigando a massa.
Por isso eu vou prá Cuba,
Onde ninguém finge que não é pobre.
Onde ninguém finge que não é preto.
Onde ninguém finge que não se fode.
Se arruma, alecrim!
Não é fuga, jasmim!
Eu vou prá Cuba, meu bem!