Relembrando...
Esther Ribeiro Gomes
‘Oh! que saudade que tenho, da aurora da minha vida,
da minha infância querida, que os anos não trazem mais...
Que amor, que sonhos, que flores, naquelas tardes fagueiras,
à sombra das bananeiras, debaixo dos laranjais!’
(Casimiro de Abreu)
Ah, que saudades eu tenho,
daqueles tempos de outrora,
da minha infância querida,
que o tempo levou embora...
Histórias da carochinha, de fantasias, quimeras,
naquelas gostosas tardes de primavera...
Tempo de brincadeiras sem fim,
de pular amarelinha, pega-pega, bambolê,
das cantigas de roda, da língua do Pê,
ah, que saudades de mim...
Saudades das árvores frondosas,
das frutas comidas no pé,
das jabuticabas cheirosas,
das mangas-verdes gostosas...
E no final do dia, hora da Ave- Maria,
sagrada oração, rezada com fé!