Borboleta Luz
Era manhã.
Competindo com preguiçosos raios de sol,
ela chegou batendo suas amarelas asas.
Não sabia
se pousava nos vermelhos gerânios,
que exalavam seu perfume amargo-doce pelas folhas,
ou nas margaridas, exemplos de simplicidade.
Desvairadamente arfava suas asas.
Bailava uma dança contemporânea
e em seu frenesi emanava luz de suas brilhantes asas.
Era como um pirilampo fosforescente que voava de dia.
Mas era só
uma bela borboleta amarela
luz – trans/lúcida – luzidia
rimas sem remar
versos sem versificar.
L.L. Bcena, 05/03/2000
POEMA 410 – CADERNO: LÍRIO AMARELO.