A voz que não desejo ouvir
Vou comprar o caos
para adoçar um desaforo,
derrubar as leis do ostracismo
e lambuzar meu pessimismo
para driblar a dor do fingimento,
ao desmentir suas verdades.
Vou me enfurnar no anarquismo
pra ser de vez o antagonismo,
e dissolver as mentiras que inventou.
Só assim ficarei de bem com o bem
para espantar o mal que perambulando,
vive a povoar de nuvens cinzentas, meu ciúme.
Vou desfazer o ardume que me queima
e ao derreter a voz que escuto tanto,
espetarei esse saltitante capetinha na parede.
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do Livro Moinhos do Tempo...