INVEJA
Ah! Como são fétidos teus odores.
Tens algo apodrecido, putrefado.
Provocas-me nojo, anciãs e enjôos.
Afasta-te do meu convívio.
Urubus estão a rodear-te.
Secretas teus venenos nos aterros.
Quem sabe podes libertar-te.
Pór que me persegues?
O que tenho que tu desejas?
Procura em ti teus valores.
Não és internamente oca.
Em ti encontrarás riquezas.
Que devem ser descobertas.
Perdes tempo em contemplar-me.
Vá lapidar-te.
Da pedra bruta tira-se diamante.
Quem sabe podes vir a ser brilhante.
Terás ungüentos em lugar de podridão.
Odores de reconciliação.
Ao teu lado terás lindas aves.
Beija-flores em profusão.
Cultiva a beleza interna.
Verás que podes ser bela.
Terás amor no coração!
Encontrarás nova vida.
Amigos, amores, união.
Já não terás inveja.
E verás que eu sou normal.