INVEJA

Ah! Como são fétidos teus odores.

Tens algo apodrecido, putrefado.

Provocas-me nojo, anciãs e enjôos.

Afasta-te do meu convívio.

Urubus estão a rodear-te.

Secretas teus venenos nos aterros.

Quem sabe podes libertar-te.

Pór que me persegues?

O que tenho que tu desejas?

Procura em ti teus valores.

Não és internamente oca.

Em ti encontrarás riquezas.

Que devem ser descobertas.

Perdes tempo em contemplar-me.

Vá lapidar-te.

Da pedra bruta tira-se diamante.

Quem sabe podes vir a ser brilhante.

Terás ungüentos em lugar de podridão.

Odores de reconciliação.

Ao teu lado terás lindas aves.

Beija-flores em profusão.

Cultiva a beleza interna.

Verás que podes ser bela.

Terás amor no coração!

Encontrarás nova vida.

Amigos, amores, união.

Já não terás inveja.

E verás que eu sou normal.

Diva Carmo
Enviado por Diva Carmo em 25/09/2011
Reeditado em 23/11/2012
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