Será tarde demais ?

Será tarde demais?

Quando tentei explicar-te

O motivo de tanta falta

Abriu-se a janela poética

ante dos meus olhos febris

E não acreditei em tua reação

Começou um cristal luar

O um eclipses

Que piramidalmente iria

a todo momento me desabar

E para os sons fúnebres do teu suspiro

Senti o silêncio a volta do meu melancolizar...

Nascia uma melodia nua e fria

De uma forma gélida entraste, enfim,

Dizendo as palavras mais cinzas

Que causaria uma erupção vulcânica

Por todas as notas musicais

As transformando em um rio de palavras sobrenaturais

Sem fim.

Jamais escutadas por mim

Percebeu-se neste momento o que deveria fazer

Sai até a minha varanda

Em plena noite de luar,

A lua e as estrelas estavam a iluminar

As pedras, o betume

Que começarão a fosforescer

Eles eram as minhas únicas companhias

Aconselhando-me

A te esquecer

Juntos vimos o dia nascer

Com uma mirada vaga

Dos áridos caminhos pecorridos

Escutava-te debalde

Olhos abertos, almas nuas, olhos cinzentos

Delírio e sofrimentos.

A Pena me invade

Faz dois anos que eu era morta

E minha voz sim som

Nem tom sobre tom

nem minha pele sensitiva

Podiam gritar

Que nunca é tarde

Para se perdoar

Gelassenheit
Enviado por Gelassenheit em 25/09/2011
Código do texto: T3239499
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