REFÚGIO
Extorquistes o meu Ser, com garras de maldizente
E eu refugiei-me no meu recanto, à beira rio
Para que num breve e sereno desvario
Tivesse minh`alma mais leve e mais ardente.
Para que num desejo de amar, assim tão quente
O meu corpo pudesse pender-te por um fio
E num entrelaçar de dedos, não sentir mais o frio
Mas apenas o gosto do teu beijo, loucamente.
Com o correr mansinho, das puras águas
Afoguei naquele rio, todas as mágoas
E entreguei-me por inteiro ao teu carinho.
No refúgio e no calor desses teus braços
Desfiz-me em mil afectos, mil abraços
Não me sentindo então…jamais sozinho!