VIOLETA VIOLENTA

Violeta teve sua inocência
Tirada de forma violenta
Num dia quente de verão
A exaustão
De supetão
E violentamente ela chorou...
Jorrou sangue
Jorrou dor
Jorrou a infância
Jorrou, chorou
Nesse dia Violeta
Deixou de ser flor...
Violeta se viu na sarjeta
Entre gorjetas e gorjeios
Mão no bolso
Mão no seio
Nada mais de floreios
Nem galanteios ou devaneios
Apenas pão e subdesejos
Nada de beijos e segredos
Na boca jazia gosto salgado
No olhar a luz parecia definhar
No rosto exibia áspero desfigurar
No corpo aludia o abrupto desfragmentar
Na pele o sentir que agora tudo seria célere
Na alma a marca do pecado amargo
E o coração seguia inerte despetalado.

Zaymond Zarondy
Enviado por Zaymond Zarondy em 24/09/2011
Reeditado em 26/04/2013
Código do texto: T3237915
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