Cada ser vivo tem, na vida, a parte que lhe toca
De tudo que necessita para sobreviver – sem troca,
Tanto aquele que vive num palácio como o que vive na oca!
 
Se a ganância desenvolve o gosto por acumular riqueza,
Na balança, com desgosto, pende a parte que toca à pobreza!
 
Se a preguiça, o desinteresse faz com que o vivente fuja à liça,
Se algo lhe falta, não culpe a sorte,...  É questão de justiça!
 
Para o ser humano que já estagia em outro plano,
Tem que freqüentar a sociedade: mãe de muitos enganos,
E que impõe exigências, tais como as vestes de pano!
 
Porém, na atualidade, o que mais está matando
O ser humano, Senhor absoluto de tudo que há neste plano:
Falta de amor, a carência de afeto, até amizade já se está negando,
Este poeta sofreu a dor de lhe ser negada a amizade – terrível engano...
 
 
 
 
 
 
Manoel de Almeida
Enviado por Manoel de Almeida em 23/09/2011
Código do texto: T3235738
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