Escada
Vejo a escada e nela o rumor fino da garoa, sua fímbria afaga aquele escadão do centro de São Paulo.É de noite e, como de costume as luzes amareladas cintilam, parecendo os vaga-lumes de uma noite redundante e única, que se misturam a cor das luzes dos carros, interferindo no som gostoso do mato da praça. Já não existe incompreensão. Existe apenas o frio úmido da noite. Jazem uma eclosão de barulhos surdos. E eu, mudo, só sinto prazer.