Velho Pescador

O silêncio como companheiro,

A brisa como carinho,

O sol como amante,

A areia como ninho.

Um escuro cego

Mesmo no claro mais abrasivo.

O trabalho internalizado

Não carece de vista,

Apenas de sentido.

Sozinho tece sua rede

Seu mundo sem pressa é o cais.

Alvo de pena, compaixão,

Entendem por solidão

A crua e calma paz.

Na vida, sua única sede.

Paulo Fernando Pinheiro
Enviado por Paulo Fernando Pinheiro em 22/09/2011
Reeditado em 22/09/2011
Código do texto: T3234658
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