Luto
Luto, negro luto... em azul-angústia me colocas, flores com cheiro de morte. Luto, tenebroso luto, quem se assemelhará a ti? Com essas barbas e olhar sombrio, com uma faca na mão tão arredio, que não faz acordo com ninguém! A dor bate à porta, mais um! gritam as farpideiras,
mais um para prantear.
Luto que se escondes por baixo do véu e das velas dos caixões daqueles que já se foram.
Luto porque não dizes pra ela que a vida é tão bela para não se gostar de ninguém.
Luto chorando baixinho ou gritanto, a dor é a mesma e mesmo é o pranto de não se poder voltar atrás.