Escura noite
Ai vem, a noite escura.
A caminhar pela calçada
Em seus bolsos não vazios
Agrura mal disfarçada
Com seu rastro cor de fogo
Queimando a madrugada
A lua, lá escondida
E meus passos na escada
E o brilho que ela tem
É o não ter brilho nem cor.
O luar e pirilampos
A despi-la sem pudor
Não há luz sem a escuridão.
A noite escura é o palco
Onde brilham os acrobatas
Que a luz lhe dá de graça
A chance de ser vilão