Parto.

Em dores darei origem a uma poesia,

Parto forçado,sem anestesia,

Tem dia que é assim,só escrevo

Porque se não escrever,ai de mim!

E em dor sempre nasce

Chorando a plenos pulmões

Chegado a termo ou prematuro

Esse filho que no coração seguro

Meu texto,

Pretexto,

Que me expõe,

Se impõe e ganha vida própria.

Minha terapia mais grata,

Escrever,deixar a dor correr

Eu sou rio e nunca represa

Ao escrever,flui a dor na linha correnteza.

E a dor se dilui

Em doses homeopáticas

E a tristeza envergonhada

Aos poucos se afasta.

A poesia para mim é cura.

Ela limpa meu emocional.

Me faz ver beleza,amar o sonho,

Fazendo de mim ser mais risonho...

A poesia dá flores ao amor,

Clareia o caminho,faz nascer sorrisos...

Dá ao poeta a sensação de ser,querer viver

E compartilhar...Não ser sozinho!

E sigo a vida de mãos dadas com a poesia

A dor já passou,o filho sossegou, dormiu.

E eu rio remanso,agora descanso

Nos braços da ternura,sinto alegria!

Elenite Araujo
Enviado por Elenite Araujo em 22/09/2011
Reeditado em 24/09/2011
Código do texto: T3234368
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