Desejos póstumos de um poeta vivo

Quando morrer, me incorporem rapidamente ao cosmo, ao húmus, aos vermes aos beijos de Gaia.

Não me façam um velório, me façam um sarau aberto:

E sirvam a minha alma em taças de poesia!

Declamem o meus poemas, ofertem alguns pelas ruas;

E deixem que eles falem da minha docearrogancia!

Estarei de cadaver ausente, porem de alma presente

Em cada taça de versos servida no coquitel!

Toquem musicas de Tom... Toquem musicas de ...Gil,

Toquem Smells Like teen spirit,

E sejam subversivos:

Blasfemem o neo liberalismo, também conhecido como: conto do bilhete premiado de rodoviária, forjem a espada francesa e amem a revolução!

Niguém deverá de proibido de entrar no meu sarau... Niguém.

Já que uma das coisas que eu mais tive nojo nessa vida:

É da pedealização estabelecida por essa sociedade:

Sadica, burra e mentirosa que catracatizou até mesmo

A capacidade do ser humano de sonhar!

Mas no meu sarau não... Já que a descratracatização geral:

Sempre foi estabelecida como cláusula pétrea da minha filosofia de vida!

E só vierem meia duzia? Ótimo! Vienheram porque são meus...

Divirtam- se e aproveitem o espaço!

Pois se durante toda a minha vida, Eu nunca fui de me preucupar com quantidade...

Não será agora depois de morto que irei me preucupar com isso.