Vangarda

Paralisado em frente ao verso de um poema mutilado.

Como um feto mal formado, falta um pedaço de mim!

No espelho de celulose, a face da prostituta:

Usada toda melada, essa não é minha musa!

Pois não passa de uma vadia dessas de beira de cais.

Vai me dando uma asfixia, vai me dando um desespero

E num reflexo performatico plageio augusto Dos Anjos:

E rasgo o papel violento, como o soldado que rasga a farda

No despero do último momento!

Juntos os pedaço do chã... Quando de súbito um click:

-poema e quebra cabeça!?

Ah! isso sim, é o que eu posso chamar de um obra de vangarda!