NINGUÉM É INFALÍVEL

Minha caneta pariu para o mundo

A expressão do mais puro sentimento.

Meu anonimato é uma vasta solidão

Jamais pensarei em ser dono da verdade.

Trago-a como imensa ternura

Capaz de deixar rolar as mágoas no peito

E sentir as razões que da vida brotam.

Por isso abro alas para os críticos:

Do senso crítico nasce a exatidão.

Porque tudo na vida passa depressa

Sem que percebamos a velhice do tempo

Nesse imenso universo de massas cinzentas

Que é a maior virtude da humanidade.

Mas quando deito as letras no papel

Não procuro a infinita perfeição desejada.

Mesmo com o perfil manobrista das mãos

Mesmo entre a intelectiva imaginação

Jamais serei o crivo da realidade.

Porque o perfeito é oculto e invisível

Aceito os ângulos que dos olhos escapam.

Sigo a tangência que a memória registra

Não sou sábio,não sou perfeito,nem imortal

Muito menos infalível em tudo que faço.

JOSÉ ANTONIO S. CRUZ

Salvador - Bahia

21 de setembro de 2011.

JOSÉ ANTONIO SILVA DA CRUZ
Enviado por JOSÉ ANTONIO SILVA DA CRUZ em 21/09/2011
Código do texto: T3232031
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