SAUDADES

Meus olhos têm a obrigação de ver,

Mas meu coração não consegue entender

Por maldade não é, nem destino vem a ser

Em ignorância me vejo, sofro, desfaleço.

Porque a vida, tão doce

Transforma-se em crueldade impenitente

Amor ausente, meu peito reclama calor

Os pé desfalecem, os olhos lacrimejam

Os maus triunfam, os bons se vão

Injustiça quase divina é o que vem a reinar

Nunca pensei que poderia ser assim

Mas o inimaginável se fez real

Dor, ausência de compaixão

Esqueço-me do mundo, lembrando-me apenas de você

Um dia ainda o verei, será?

Espero que esteja descansando em paz

Amigo meu, sua carne se foi

Suas lembranças permanecerão

Seu sorriso continuará a alegrar-me

Tesouro eterno será sua amizade.